Advogado Apresenta Provas de que Professor Estava a 200 km do Local do Crime
Após dois dias de angústia e incerteza, o professor de educação física, Clayton Ferreira Gomes dos Santos, finalmente foi libertado da detenção injusta. Ele havia sido preso sob a acusação de roubo, após uma idosa relatar à polícia que foi abordada por duas mulheres em uma calçada em 31 de outubro de 2023. Segundo o depoimento da vítima, ela foi forçada a entrar em um carro, onde um homem, identificado como Santos, a teria obrigado a realizar transferências bancárias que totalizaram R$ 11 mil.
No entanto, a defesa do professor apresentou uma evidência crucial que colocou em dúvida a veracidade das alegações: uma folha de ponto que comprovava que Santos estava dando aulas em uma escola na Zona Sul de São Paulo, a mais de 200 quilômetros do local do crime. Esse documento foi decisivo para a concessão de liberdade pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Roberto Porto, que acatou o pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado do professor.
O advogado, Danilo Cavalcanti Reis Claudino, esclareceu que Santos foi intimado a comparecer à delegacia para esclarecimentos, mas foi surpreendido com o mandado de prisão temporária do qual não tinha conhecimento. A defesa ressaltou que a prisão foi baseada unicamente no reconhecimento fotográfico feito pela vítima, sem acesso à foto utilizada, levantando questionamentos sobre sua autenticidade.
Apesar da libertação, o caso continua sob investigação pela Delegacia de Iguape. A defesa do professor destaca a necessidade de uma apuração minuciosa para evitar injustiças e ressalta que a prisão baseada apenas em reconhecimento fotográfico deve ser corroborada por outras evidências sólidas. Enquanto isso, Santos e sua família lidam com as consequências emocionais e psicológicas desse episódio traumático, enquanto buscam por respostas e justiça.
Agora, o professor e sua equipe jurídica estão determinados a esclarecer completamente o ocorrido e a garantir que ele não seja prejudicado injustamente.